A história da massagem é tão antiga quanto a do homem.
Em algum ponto de nossas vidas todos sofrem alguma lesão menor, dor ou desconforto. Nossa reação instintiva é a de friccionar ou segurar a área afetada para diminuir a dor.

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foi desenvolvida através dos milênios até o sistema de massagens que conhecemos hoje. Massagem é a manipulação sistemática de tecidos moles do corpo com objetivos terapêuticos. A maioria das culturas antigas praticavam algum tipo de toque terapêutico.
Seus métodos de tratamento usavam ervas, óleos e formas primitivas de hidroterapia. Estudos arqueológicos indicam que, já na pré-História, o homem promovia o bem-estar geral e adquiria proteção contra lesões e infecções por meio de fricções no corpo. Seriam os primórdios do que hoje se entende por massagem. Há também registros de que civilizações da Antiguidade, como egípcios, hindus, gregos, romanos, chineses e japoneses, cerca de 300 a.c., fizeram referências sobre os benefícios da massagem para o bem-estar. Mas os primeiros a reconhecer as propriedades curativas dessa técnica de friccionar o corpo foram os chineses, que assinam a literatura mais remota que se tem notícia: o texto médico Nei Ching, escrito em 2800 a.c. Os monges taoístas chineses praticavam o “Qi Gong” – movimentos de meditação que revelam e cultivam a força da vida.. A medicina tradicional chinesa é baseada no princípio de que toda doença ou desconforto no corpo é devido a um desbalanço do “Qi”. Por volta de 1000 a.c. os monges japoneses começaram a estudar o Budismo na China. Os japoneses aprenderam sobre massagem a partir das escrituras chinesas. Eles presenciaram os métodos de tratamento da medicina chinesa tradicional e levaram esses conhecimentos ao Japão.
Os japoneses não somente adotaram o estilo chinês mas também o melhoraram através da introdução de novas combinações. Na India, por volta de 1800 a 500 a.c. a cultura indiana Védica espalhou-se para o Oeste através do Rio Ganges. Eles desenvolveram uma forma única de medicina conhecida como Medicina Ayurvédica. Eles escreveram vários grandes livros que registravam suas técnicas. Um deles chamado “Ayur Veda”, que significa “Arte da Vida”, data de 1700 a.c. e descreve algumas massagens simples e tratamentos herbais para várias condições. Os nativos Americanos também usavam aquecimento e massagens com ervas para tratar muitos problemas. Os Cherokee e os Navajo estavam entre as muitas tribos que friccionavam seus guerreiros antes das guerras e depois delas. A massagem também era usada para diminuir as dores do partoe das cólicas nas crianças.

Os egípcios deixaram trabalhos artísticos que mostram a massagem nos pés.
Os egípcios antigos, budistas, persas e japoneses também a utilizavam no tratamento de várias doenças e lesões. e a massagem continuou a ser parte vital do tratamento médico até depois do quinto século d.c.foto_massagem_2

 

 

 

 

A palavra massagem é de origem grega e significa amassar. Depois dos chineses, o pai da Medicina, o grego Hipócrates (460 a 377 a.C.), fez uso das propriedades terapêuticas da massagem, que ele denominou anatripisis, cujo significado é friccionar pressionando os tecidos. A expressão foi traduzida para o latim como frictio e permaneceu em uso nos Estados Unidos até 1870. Frictio significa fricção ou esfregação. Na Índia, a expressão usada para designar massagem era shampooing. Na China, era Cong Fou e, no Japão, ambouk. Hipócrates considerava a massagem uma ferramenta terapêutica muito importante; também Asclepíedes, outro médico grego teve uma grande influência no desenvolvimento da massagem. Ele firmou que existiam apenas 3 agentes terapêuticos: a hidroterapia, os exercícios das técnicas e a fricção. Galeno (129-199 d.c), escreveu cerca de 16 livros relacionados ao exercício da massagem. Os gregos a aplicavam nos atletas tanto antes como após um evento esportivo (apoterapia).

Durafoto_massagem_3nte milhares de anos, as diversas civilizações se utilizaram de alguma técnica, seja ela superposição das mãos ou apenas fricção, para aliviar dores ou curar suasdores. Para os médicos gregos, a massagem era um dos principais meios de cura e alívio da dor. Hipócrates escreveu que “O médico deve ter experiência em muitas coisas, mas certamente dever ser habilidoso na fricção…

Porque a fricção pode unir uma junta que está com demasiada folga e afrouxar uma junta que está demasiadamente rígida”. Os antigos Gregos valorizavam os benefícios da massagem usando-a em muitos eventos da vida diária. As técnicas foram desenvolvidas para ajudar atletas a manterem seus corpos nas melhores condições para as competições. Eles também usavam a massagem para relaxamento. Heródoto, um historiador que viveu de 484 a 425 a.C., registrou o fato de que certas ervas tinham uma ação sedativa e outras eram mais refrescantes. Hipócrates usava essas ervas com óleos e massagens para tratar muitas condições médicas. Ele dizia que: “aquele que quiser estudar medicina deve se aperfeiçoar na arte da massagem”. Homero na sua obra Odisséia descreve a massagem como “um bem-vindo alívio para os heróis de guerra exaustos”. Por volta de 326 a.C. elementos da medicina ayurvédica tornaram-se parte integral da medicina grega.

foto_massagem_4Os Romanos aprenderam muito das técnicas médicas com os gregos. Galeno, um médico notável de vários imperadores no primeiro século d.c. usava massagens para tratar muitos tipos de doenças e lesões físicas. Ele citava Hipócrates dizendo: “fricção, se forte, enrijece o corpo, se suave, relaxa… fricção deve ser empregada quando um corpo fraco deve ser tonificado, ou um endurecido deve ser suavizado, ou muita fluidade prejudicial deve ser dispersada, ou um corpo magro deve ser nutrido”. Quem era sadio seria massageado na sua própria casa pelo seu médico pessoal, mas muitos outros recebiam o tratamento em banhos públicos. Plínio – famoso naturalista romano – era regularmente submetido a fricções para aliviar sua asma. Júlio César – grande imperador romano – sofria de epilepsia e para se ver aliviado de sua neuralgia (dor viva no trajeto de um nervo e das suas ramificações, sem alteração aparente das partes doloridas) e dores de cabeça, era submetido diariamente a sessões de beliscões. Isto estimulava a produção de endorfina pelo organismo, aliviando suas neuralgias. Durante a Idade Média a massagem desempenhou um papel importante na tradição de cura dos eslavos, finlandeses e suecos. A combinação de práticas de saúde das pessoas comuns era freqüentemente associada com experiências sobrenaturais e massagens alienadas derivadas do pouco conhecimento científico da época. Durante a Idade Média, pouco se escreveu sobre massagem até que Pare, da França, no Sec. XVI trancreveu e publicou uma literatura antiga sobre fricções junto com sua própria aplicação específica para pacientes cirúrgicos. Seu trabalho foi reconhecido e a terminologia francesa para as técnicas específicas de massagem são usadas até hoje.

foto_massagem_5Com o fim do 14º século veio o fim da Idade Média e o início da Renascença. O Renascimento trouxe muitas descobertas nas Artes e Ciências.
Na medicina houve o abandono e mudança de séculos de velhos aprendizados de Galeno e a base espiritual das doenças. A massagem também começou a se tornar impopular a medida que a Europa sofria com dogmas religiosos repressivos e conservadores. Tocar não era considerado um método de tratamento porque envolvia prazeres corpóreos e eram considerados pecaminosos. Muito poucos avanços foram verificados até 1813, quando Pehr Henrik Ling, mestre em esgrima e professor de ginástica, estabeleceu o Instituto Real Central de Ginástica na Suécia. Ling formalizou uma série de movimentos de ginástica e técnicas de massagem que ficaram conhecidas como Massagem Sueca. Ling organizou a massagem e os exercícios terapêuticos num sistema que se tornou conhecido como ginástica médica.

Os seguidores de Ling continuaram seu trabalho e por volta de 1860 havia institutos similares na Inglaterra, França, Áustria, Alemanha e Rússia. Ele desenvolveu um sistema de massagem que usava muitas posições e movimentos dos ginastas suecos.
Este sistema era baseado nas novas descobertas sobre circulação sanguínea e linfática que os chineses já usavam há séculos. Em 1889 médicos ingleses apenas começaram a reconhecer favoravelmente a massagem porque a Rainha Vitória apoiava o método.
Nessa época muitos praticantes abusaram da técnica fazendo falsas declarações ou cobrando altas somas dos pacientes. Por causa dos escândalos em matéria de massagem em 1894, a massagem como legítima arte médica decaiu no final do século XIX. Na virada do século, a massagem começou a ser adotada nos Estados Unidos, devido a escritos e influência de Douglas Grahm, um médico de Boston, e John Kellogg, de Battle Creek. Durante os 50 anos subsequentes, várias novas abordagens foram identificadas no mundo ocidental.

Na Inglaterra, Mennell e Cyriax, médicos ingleses, usaram uma aplicação específica de massagem com fricção profunda para estruturas articulares profundas contráteis e não contráteis lesadas, tanto em condições agudas como crônicas. Este método ganhou popularidade nos Estados Unidos nos últimos anos.
A epidemia de pólio de 1918 reviveu a técnica da massagem. Pesquisas sobre os benefícios da massagem na prevenção de complicações de paralisia começaram nesse tempo.

foto_massagem_6O desenvolvimento de técnicas especiais tem ocorrido também na Alemanha. Elizabeth Dicke, fisioterapeuta alemã, descobriu que a massagem profunda sobre uma parte do corpo poderia trazer efeitos distintos, observáveis nas partes do corpo distantes da parte que estava sendo tratada.
Ela chamou esse fenômeno de massagem de zona reflexa ou Bindegewebsmassage (conhecida em seu país como massagem do tecido conjuntivo).
Esta abordagem de massagem aplica apalpação superficial e profunda para avaliar e tratar locais de espessamento muscular ou de tecido conectivo que podem estar na mesma distribuição segmentar do local de disfunção de estruturas periféricas ou viscerais. Segundo está relatado, Dicke criou seu sistema de massagem após corrigir com sucesso um distúrbio circulatório grave em seu próprio membro inferior através de massagem na coluna lombar. O trabalho de Dicke nessa área é a base, pelo menos em parte, para o que nós conhecemos como mobilização de tecidos moles e técnica de liberação miofascial. Uma variação da massagem de zona reflexa foi também descrita por outro médico alemão, Cornelius, que aplicou pressão profunda em pontos específicos, chamado de massagem em pontos nervosos. Esta pode ser a primeira vez que um tratamento oriental de acupressura ou Shiatsu, foi descrito na literatura médica ocidental.

foto_massagem_7Durante os anos 60 houve um ressurgimento do interesse em métodos naturais para tratamento do corpo. Ao final dos anos 60 as ciências da saúde redescobriram os benefícios da atividade desportiva e da medicina preventiva dando ênfase a boa forma física e a consciência de que a falta de exercícios contribuíam para doenças cardiovasculares.. Nos anos 70 e 80 a acupressura recebeu mais atenção que qualquer outra modalidade de trabalho físico.
A tendência atual parece sugerir o aumento da popularidade da massagem e de terapias relacionadas para redução de estresse e de problemas musculo-esquelético crônicos. A massagem pode ser considerada uma parte da medicina manual e através da história ergueu-se independentemente para promover a saúde. A medicina manual cresceu hoje de tal forma que se tornou a base para osteopatia, quiropraxia e terapias físicas.
Desde então tem crescido o interesse em massagem e seu uso para diminuir o estresse e reduzir os efeitos de algumas doenças.

foto_massagem_8Hoje ainda existe algum ceticismo na profissão médica em relação a justificativas científicas do uso da massagem como uma técnica de cura.
Entretanto, em 1992 o “Touch Research Institute” foi fundado na Faculdade de Medicina da Universidade de Miami e inteiramente
voltado ao estudo do toque e sua aplicação na ciência e na medicina. Eles mostraram que a massagem pode induzir a aumento de peso em
crianças prematuras, alivia sintomas de depressão, reduz os hormônios que causam estresse, alivia dores e altera positivamente o sistema
imunológico de crianças e adultos.

foto_massagem_9A massagem está sendo reconhecida como uma alternativa viável e útil para ajudar a medicina moderna. Na nossa sociedade moderna, onde as desordens psicológicas relacionadas com o estresse estão se tornando o problema de saúde número um,
a massagem tende a ganhar popularidade para melhorar a saúde e o bem estar das pessoas.


LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA MASSAGEM

  • foto_massagem_102760 a.c.: Nei Ching descreve o toque terapêutico.
  • 2500 a.c.: Egípcios criam a reflexologia.
  • 2000 a.c.: Primeiros escrituras sobre massagem.
  • 1800 a.c.: Ayurveda. O Livro da Arte da Vida inclui técnicas de massagem. Ayur-Veda é um Código da Vida e trata de renascimento, renunciação, salvação, alma, objetivo da vida, manutenção da saúde mental, prevenção e tratamento de doenças.
  • 1000 a.c.: Homero escreveu sobre um óleo usado para massagem.
  • foto_massagem_11776 a.c.: Jogos Olímpicos. Os atletas eram massageados antes dos eventos.
  • 3000 a.c.: Mais velho livro sobre massagem: Cong-Fu de Toa-Tse. Traduzido para o francês no século XVIII.
  • 460-380 a.c.: Hipócrates. Utilizou a fricção para tratamentos. Acreditava que uma doença resultava de causas naturais e o corpo tem o poder de se curar. Escreveu o Código de Ética.
  • 200 a.c.: Anmá (Anmo) é citado em 30 capítulos diferentes do Huangdi Nei Jing – texto de medicina chinesa tradicional.
  • 100-44 a.c.: Imperador Romano Júlio César usou massagem terapêutica para aliviar nevralgias e epilepsia.
  • 25 a.c. – 50 d.c: Aulus Cornelius Celsius, médico romano escreveu De Medicina – 8 textos com muita informação sobre massagem.
  • 100 d.c: Primeira escola de massagem foi aberta na China.
  • 589-617 d.c: Dinastia Sui (China) já tinha conhecimentos sobre massagem terapêutica.
  • 600 d.c: Japoneses desenvolvem a acupressura e Anmá significa massagem em japonês.
  • 1368-1644: Dinastia Ming (China), a massagem pediátrica que, pela primeira vez, é citada como sendo “tuiná” evolui em uma modalidade de tratamento altamente sistemática que ainda é popular hoje.
  • foto_massagem_121517-1590: Ambroise Pare, cirurgião francês levantou uma conscientização sobre o uso da massagem.
  • 1564-1626: Lord Francis Bacon observou que a massagem tinha benefícios aumentando a circulação.
  • 1660-1742: Friedrich Hoffman, médico do Rei da Prússia recomendou fricção e ginástica para a corte real.
  • 1742-1823: John Grosvenor, cirurgião inglês praticava tratamentos com as mãos.
  • 1776-1839: Per Henrik Ling estudou massagem depois que se curou de um reumatismo no braço. Desenvolveu um sistema de ginástica médica.
  • 1800: No século XIX o japonês filósofo e educador cristão Dr. Mikao Usui descobriu práticas de tratamento tibetanas que denominou Reiki.
  • foto_massagem_131813: Per Henrik Ling, mestre em esgrima e professor de ginástica, formou o Real Instituto Central de Ginástica em Estocolmo, Suécia. Seus alunos continuaram seu trabalho depois da sua morte.
  • 1837: M. LeRon, discípulo de Ling levou o Movimento de Cura para a Rússia.
  • foto_massagem_141839-1909: O médico holandês Johann Mezger levou a massagem à comunidade científica.
  • 1850: Terapia científica de massagem foi introduzida nos Estados Unidos por dois médicos de Nova York, os irmãos George e Charles Taylor, que estudaram na Suécia.
  • 1852-1943: John Harvey Kellogg, médico adventista, usou massagem e hidroterapia.
  • 1880: Mary Putnam Jacobi e Victoria A. White em Nova York. Médicos e professores que pesquisaram os benefícios da massagem e compressas de
    gelo no tratamento da anemia.
  • foto_massagem_151895: Sigmund Freud usou massagem terapêutica para tratar histeria.
  • 1895: Harvey Kellogg escreveu “The Art of Massage”.
  • 1899: Sir William Bennet iniciou um departamento de massagem no Hospital St. George em Londres.
  • 1900: Albert Hoffa, cirurgião alemão, escreveu o livro “Technike der Massage”.
  • 1907: Edgar Ferdinand Cyriax usou o Movimento de Cura Sueca e Mecanoterapia de Ling.
  • 1913: Dr. William Fitzgerald, médico americano, redescobriu a Reflexologia e chamou de Zone Therapy.
  • Primeira Guerra Mundial: Massagem Sueca é usada para reabilitação de soldados feridos.
  • 1927: Primeira Associação de Massagistas em Nova York.
  • 1932: Fisiologista dinamarquês Emil Voder criou o Manual de Drenagem Linfática.
  • 1952: Janet Travell, médica americana, pesquisa sobre Triggerpoints.
  • 1976: Mioterapia (livro) desenvolvido por Bonnie Prudden, americana, especialista em exercícios físicos.
  • 1980: Watsu foi desenvolvido por Harold Dull, poeta americano, diretor da escola de Shiatsu e Massagem em Harbin Hot Springs, California.

TIPOS DE MASSAGEM – ORIGEM

MASSAGEM AYURVÉDICA

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Em sânscrito, AYU significa vida e VEDA significa conhecimento ou ciência. A Massagem Ayurvédica faz parte do sistema Indiano de saúde denominado Medicina Ayurvédica. Não é possível precisar exatamente a data, mas há registros de que a massagem já era utilizada na Índia há mais de 5.000 anos,
sendo transmitida de mestre para discípulo.
Esta técnica que associa o conhecimento milenar do Ayurveda com as manobras e alongamentos do Yoga, foi criada e desenvolvida por Kussum Modak, mestra indiana que vive em Pune e dedica sua vida a ensinar e espandir esta técnica. Hoje, no Brasil a maioria das pessoas que trabalha com a
Massagem Ayurvédica tem raiz no trabalho da Kussum.
A Massagem Ayurvédica é uma das técnicas de massagem mais completa. Atua a nível físico, emocional e espiritual, ajuda a modelar o corpo fazendo a drenagem linfática, realinha toda a estrutura ósseo-muscular, alivia as tensões (mesmo as consideradas crônicas), fortalece o sistema imunológico, desintoxica o organismo e tem efeito anti-stress e anti-depressivo. Dá ao corpo maior flexibilidade com o alongamento da musculatura e mobilidade nas articulações. As pessoas ficam mais bonitas com mais energia, a pele fica mais vitalizada e mais jovem. Além de atuar no campo emocional, podendo liberar e “limpar” emoções que ficaram bloqueadas em alguma fase da vida. Atua também no campo energético/espiritual, alinhando e reativando os centros de energia do organismo (chakras), desbloqueando o fluxo da energia vital. Propicia também um profundo processo de autoconhecimento e transformação de forma natural e consciente.

MASSAGEM TRADICIONAL TAILANDESA

foto_massagem_17A origem da Massagem Tradicional Tailandesa não começou na Tailândia e sim na Índia, berços da ayurveda, yoga e budismo. Na linguagem tailandesa, a massagem é chamada Nuad Borarn (Nuad Paan Borarn). A palavra Borarn deriva do sânscrito purana, e refere-se a algo como certo trabalho antigo e sagrado, que teve origem através de um corpo de conhecimentos transmitidos verbalmente, e nas praticas intensas de mestre para discípulo desde os primórdios dessa cultura. Segundo a lenda, o povo tailandês atribui o titulo de Pai da medicina tailandesa ao médico indiano Jivaka Kumar Bhaccha.
Devido a diferença lingüística, ele é chamado doutor Jivago Komarpaj. Contemporâneo e colaborador muito próximo de Buda, a quem atendia três vezes por dia, foi o principal médico da Sangha original (comunidade na Índia que se reuniu em torno de Buda). De acordo com esses fatos, ele teria vivido na Índia há 2500 anos. Em algumas referências das escrituras antigas do budismo theravada e na língua Pali, ele é chamado de Cânon, que significa Pai ou ancestral.
Por essa razão, antes de se iniciar a massagem, os praticantes fazem uma prece em sinal de respeito e gratidão ao médico pai, (chamada wai khru que significa “honrar o mestre”) e tem a intenção de buscar sabedoria, orientação, proteção e bênçãos para o cliente e terapeuta.

foto_massagem_18As raízes da massagem tradicional tailandesa são claramente influenciados pelos ensinamentos do yoga indiano, budismo theravada e medicina ayurveda.
Assim que os ensinamentos do budismo começaram se espalhar por toda Índia e mais tarde pela Ásia, monges e conhecedores da ayurveda e massagem chegaram ao SIÃO (Antigo nome da Tailândia). A partir daí, a massagem passou a se chamar NUAD BORARN. (Nuad = antiga e Borarn = Massagem). Embora haja controvérsias sobre as datas precisas da migração em direção à Tailândia, alguns historiadores acreditam que ela se situe em torno do fim do século II e inicio do século III antes de Cristo. Durante o reinado de Rama Khamheng 1275-1327 d.c. o Budismo Theravada foi adotado como a religião oficial do Reino. Embora pouco se saiba sobre os aspectos do desenvolvimento histórico da medicina tradicional tailandesa antes de
meados do século XIX, existe uma inscrição em pedra datada no ano de 1292 d.c. que comprova a adoção do budismo como religião oficial da Tailândia e conseqüentemente a adoção da medicina tradicional oriunda da Índia, constituindo-se no mais antigo registro escrito da Tailândia. No século XVII, foram encontrados alguns escritos em folhas de palmeiras com registros importantes da medicina tailandesa no idioma original Pali. Esses escritos continham os canais de energia, teoria e diagramas de tratamentos além de alguns textos religiosos estimulando a prática da alta estima e da compaixão.
Infelizmente a Birmânia invadiu Ayurtthia em 1767 destruindo ou queimando a maior parte desses textos. Em 1832, o Rei Rama III, ordenou que os textosremanescentes fossem esculpidos em pedra, tornando-se as epígrafes mais famosas no templo Wat Phra Chetuphon ou Wat Pho em Bangkok podendo serem vistas diariamente. Ao todo são 60 epígrafes, 30 mostram a parte da frente e 30 mostram a parte de trás do corpo.

foto_massagem_19Duas das 60 inscrições demonstram os canais de energia do corpo e protocolos de tratamentos. As linhas ou canais de energia são chamados SEN na medicina tradicional Tailandesa e podem ser comparados com os MERIDIANOS da medicina Chinesa ou NADIS na ayurveda.
Esta técnica baseia-se no conceito de linhas de energia corporais, estando relacionadas aos ensinamentos budistas.
Ela também é conhecida como massagem ioga tailandesa por promover alongamentos semelhantes a posturas iogas. Seus benefícios são: relaxamento, alongamento, flexibilidade, descompressão articular, melhorando a circulação sangüínea e a remoção de toxinas do organismo. Além disso, é indicada para alívio de estresse.

SHANTALA

foto_massagem_20A Shantala é uma massagem milenar do sul da Índia que é passada oralmente de mãe para filha. Lá são só as mulheres que fazem a massagem nos bebês, por uma razão exclusivamente cultural. Utilizada para o equilíbrio físico, emocional e energético do bebê, aliviando cólicas, regulando o sono e estreitando os laços com a mãe e com o pai.
No início da década de 70 o Doutor Frédérick Leboyer, um obstetra francês, em uma de suas viagens à India conheceu uma mãe indiana chamada Shantala.
Este encontro se deu em Calcutá. Leboyer impressionava-se com Calcutá, “lugar de miséria, para não dizer de horror, onde se amontoa, sem ordem, perseguida pela guerra, desmedida população atraída pelo brilho ilusório da cidade …”.
foto_massagem_21Shantala, há alguns anos paralítica, fora recolhida por uma instituição de caridade juntamente com seus dois filhos e foi neste local que Leboyer a conheceu. “Foi lá que, numa bela manhã, ensolarada, resplandescente, encontrei Shantala sentada no chão a massagear o bebê. E assim, de repente, em plena sordidez, foi-me dado contemplar um espetáculo da mais pura beleza! Fiquei mudo. Parecia um balé, devido a tanta harmonia e ritmo exato, embora com extrema lentidão. E, como o amor, possuia seu tanto de abandono e ternura.”
Leboyer percebeu que na Índia, apesar da pobreza, as crianças tinham bom tônus muscular e eram alegres. Foi pesquisar e conheceu Shantala, nas ruas pobres de Calcutá. A mulher estava com o filho no colo e massageava a criança com naturalidade. Leboyer descobriu que aquilo era uma tarefa diária das mães indianas, gostou do que viu e resolveu levar para a Europa o que havia aprendido. Leboyer encantou-se com Shantala e com a massagem que presenciou, trazendo para o ocidente esta sua experiência ao publicar “Shantala – uma arte tradicional – massagem para bebês”, em 1976 pela Edition du Seuil, todo ilustrado com detalhes fazendo toda a seqüência da Shantala. Estudos posteriores comprovaram as inúmeras contribuições que a massagem tem para o desenvolvimento da criança mesmo depois que ela pára de recebê-la, ficando, como no caso da amamentação, uma base sólida para o crescimento posterior. Ganho de peso, tranqüilidade, desenvolvimento motor, aumento da imunidade são algumas das aquisições que a Shantala pode oferecer.
A Shantala pode ser feita em crianças de até 9 anos. Pode ser feita durante a gestação ou quando o bebê nascer. Pode ser praticada a partir de um mês de vida do bebê.

REFLEXOLOGIA

foto_massagem_22As origens da Reflexologia remontam à antiguidade, quando as terapias de pressão eram conhecidas como uma forma de medicina preventiva e terapêutica.
Embora não se saiba ao certo quando e como isso começou, as evidências apontam para que a massagem terapêutica nos pés tenha sido praticada por diversas culturas ao longo da história.
Uma teoria, que goza de aceitação no meio da Reflexologia, refere que a Reflexologia teria nascido na China há 5.000 anos, muito embora as evidências concretas sejam ambíguas. Todavia, as culturas egípcia e babilônica desenvolveram-se antes da chinesa e o Egito contribuiu com uma evidência histórica, tendo-se encontrado em escavações nesse país um documento (pictograma) produzido entre 2.500 e 2.330 a.c. que
descreve a prática da Reflexologia.
Parece não haver dúvidas em relação à existência de uma forte ligação entre a Reflexologia e a Acupuntura, baseando-se ambas em idéias semelhantes, ou seja em terapias enérgicas e de meridianos, na medida em que propõem a idéia de que as linhas de energia ligam as mãos e os pés a diversas partes do corpo. Isso permite que todo o corpo seja tratado quando se trabalham as áreas reflexas.
foto_massagem_23Na Acupuntura, originária da China, são utilizadas agulhas para eliminar os bloqueios nos caminhos energéticos (meridianos) que quebram a harmonia do corpo, dando origem à doença. Por sua vez, no Shiatsu, originário do Japão, é usada a pressão dos dedos das mãos, em especial dos polegares, sobre os pontos de Acupuntura, para alcançar resultados semelhantes. Os reflexologistas também trabalham com pontos de Acupuntura e de Acupressão, mas apenas com aqueles existentes nos pés.
A Reflexologia é uma arte suave, uma ciência fascinante e uma forma extremamente eficaz de massagem terapêutica, através de aplicação de pressões específicas em pontos reflexos especialmente nos pés embora também possa ser feita nas mãos, que conquistou um lugar de destaque no campo da medicina natural complementar. É uma ciência porque se baseia no estudo fisiológico e neurológico, sendo também uma arte porque depende bastante da habilidade com que o terapeuta aplica o seu conhecimento e da dinâmica que ocorre entre este e o beneficiário.
Conhecida com a massagem chinesa dos pés, a reflexologia baseia-se no princípio da medicina oriental segundo o qual todos os órgãos, sistemas, músculos e glândulas têm terminais no pé: 152 pontos no pé esquerdo e 148 no direito. A Reflexologia é um tipo de massagem terapêutica que se concentra em pontos de pressão nos pés e nas mãos que correspondem ou ‘refletem’ várias outras áreas do corpo. A reflexologia foi popularizada nos Estados Unidos inicialmente nos anos 30 por Eunice Inghram. Encontrado nas antigas teorias orientais que o corpo contém ‘meridianos’ que dispersam energia através de todo o corpo, a reflexologia é um tipo de acupuntura que estimula várias partes do corpo pela aplicação de pressão nas mãos e nos pés. Os benefícios da reflexologia incluem melhoras na sensibilidade
nervosa e na circulação, assim como, alívio do estresse, tensão e dores.

SHIATSU
O Shiatsu é uma Terapia Tradicional Japonesa fundada por Tokujiro Namikoshi que, em 1925, criou o Shiatsu Institute of Therapy, em Hokkaido.
Em 1940 foi criado o Instituto Shiatsu no Japão, (posteriormente conhecido como Escola Técnica de Shiatsu do Japão), na cidade de Otaiya.
Em 1957, a instituição passou a ser conhecida por Japan Shiatsu School e a mudança foi acompanhada por uma oficialização do Shiatsu por parte do Ministério da Saúde no Japão.

Contudo, as suas raízes desta massagem terapêutica são ancestrais e têm origem na milenar Medicina Tradicional Chinesa e, consequentemente, na teoria oriental de polarização completar (Yin-Yang) da energia electromagnética (KI) que anima todos os seres vivos.
O Shiatsu é uma arte de cura pelo toque que se desenvolveu no Japão no século XX. Sua origem está nas antigas técnicas chinesas, o Do-in e a Anma, as duas técnicas mais antigas do oriente. É um trabalho corporal de reequilíbrio físico e energético e a exemplo de outras
formas de massagem, visa relaxar e revigorar o corpo. Ministrado corretamente, é eficaz tanto para problemas emocionais quanto físicos.
Tokujiro Namikoshi, o criador da terapia shiatsu Namikoshi, nasceu em 3 de novembro de 1905, em Kagawa, na ilha de Shikoku, o pai Eikichi, a mãe Masa, o irmão mais velho Moichi, o segundo irmão Masazo, o irmão mais novo Haruo, e a irmã mais velha Sadako, migraram do clima quente do Mar Interior de Seto para o ambiente severo da ilha Hokkaido, no norte do Japão, como colonizadores.
Um dia após eles terem finalmente chegado, a mãe, de repente, começou a queixar-se de dor em seus joelhos, porém com o passar do tempo, a dor se tornou pior e se estendeu para os tornozelos, punhos, cotovelos, e ombros se tornando o que agora é chamado de reumatismo múltiplo das articulações.
Nenhuma das crianças podia ficar simplesmente olhando sua mãe sofrer, e tudo que elas podiam fazer era se revezarem passando as mãos e fazendo pressão sobre as partes doloridas de seu corpo. Como eles continuavam a acariciá-la e a massageá-la, ela
freqüentemente dizia a Tokujiro, “Suas mãos me fazem sentir melhor”, e ele ajustou sua pressão manual a estas variações.
Primeiro usando uma relação de 80% de fricção e 20% de pressão, ele logo verificou que era mais eficaz revertendo as percentagens.
Ele se concentrou sobre os lugares que estavam mais rígidos e mais frios e logo o estado de sua mãe melhorou. Visto que ele havia feito pressão sobre ambos os lados da região média da coluna, sem saber, ele estava estimulando o corpo supra-renal a secretar cortisona, que cura o reumatismo, e este foi o nascimento de seu sistema de shiatsu.
O Professor Namikoshi, que curou sua mãe quando era apenas uma criança principiante ainda em conhecimentos e fisiologia, teve grande sucesso porque combinou sua sensibilidade tátil com o empenho em conciliar o Shiatsu e a medicina ocidental. Dessa forma
seu método beneficiou-se da tendência geral para a ocidentalização.

O professor Shizuto Masunaga, um dos grandes mestres do Instituto Shiatsu do Japão, desenvolveu no Shiatsu a perspectiva de conciliar o antigo modelo médico e a filosofia ocidental. Sua principal contribuição foi determinar a influência total dos “principais canais de energia” sobre a superfície do corpo e a forma de efetivamente instaurar o equilíbrio psicológico por meio da melhor ligação possível com esses “canais”. Atualmente no Japão há dois métodos de Shiatsu, um desenvolvido por Tokujiro Namikoshi e o outro por Shizuto Masunaga (Shiatsu de Yokaia).
O método Namikoshi caracteriza-se pela aplicação de pressão em determinados pontos de reflexo relacionados com o sistema nervoso central e autônomo. Já o método Masunaga se caracteriza pela utlização dos “canais de energia”.
Entre os dois extremos há várias escolas japonesas de acupuntura que ensinam o shiatsu como pré-requisito para o estudo da acupuntura. O Shiatsu foi conhecido no Estados Unidos e Europa na década de 70. Na Europa o Shiatsu foi influenciado principalmente pelos métodos Namikoshi e Masunaga, com contribuições da macrobiótica. Nos Estados Unidos, por volta da década de 80, o Shiatsu foi classificado nos seguintes estilos:

  • foto_massagem_24Shiatsu de Acupressão: Utiliza os pontos de acupuntura (tsubos).
  • Shiatsu dos Cinco elementos: A teoria dos cinco elementos (Medicina Tradicional Chinesa).
  • Shiatsu Macrobiótico: Utiliza-se dos canais de acupuntura, técnicas dos pés descalços e um estilo de vida harmônico.
  • Shiatsu Nipônico: Método Namikoshi.
  • Zen Shiatsu: Método Masunaga.

foto_massagem_25Em português, e numa tradução literal, a palavra Shiatsu significa pressão digital (shi – “dedo”, atsu “pressão”). E, se na verdade,
a pressão com a polpa dos dedos (polegares) é recorrente nesta massagem, os restantes dedos, as palmas e costas das mãos e até mesmo os cotovelos e joelhos são utilizados nas sessões de terapia, cujo efeito, além de um bem-estar imediato, proporciona um equilíbrio aos níveis físico, emocional e mental. Aliás, tanto no Shiatsu como nas restantes terapias orientais, a saúde do indivíduo é considerada a conjunção harmoniosa dessas três componentes.
Quando bem aplicado, o Shiatsu é muito mais do que uma simples massagem. Ou pelos menos mais do que uma massagem na acepção ocidental da palavra. Além de trabalhar a massa muscular, a Terapia Shiatsu atua com eficácia nos sistemas reprodutivo, digestivo, respiratório e nervoso (central e periférico), melhorando ainda a condição dos ossos e articulações, da circulação do sangue e dos órgãos internos.
O “segredo” reside na harmonização da energia (Ki) que circula através dos Meridianos que percorrem o organismo e da qual depende o estado de saúde de cada um.

ANMA

foto_massagem_26A origem do An Ma remonta à China, há 5000 anos, durante as dinastias Zhou e Qin, à época do Imperador Amarelo. É a técnica mais antiga praticada na Ásia, tendo influenciado o desenvolvimento de várias outras, como a massagem sueca, o shiatsu e a tui-ná.
Da China, a técnica, antes denominada An Mo, migrou para a Coréia, há cerca de 2000 anos, onde começou a ser chamada de An Ma.
Há 1700 anos, chegou ao Japão, onde obteve grande desenvolvimento, sobretudo devido ao trabalho de terapeutas cegos, que tornaram a técnica mais relaxante e confortante.
Na técnica do An Ma, o corpo é submetido a estímulos através de manobras como o deslizamento, a rotação, o amassamento, a vibração e a rolagem com o objetivo de relaxar os tendões, que por sua vez relaxarão os músculos, que soltarão os ossos.
Assim, recupera-se a simetria estrutural que reflete um corpo saudável e preparado para o stress do dia-a-dia.
Nos antigos livros sobre a anma, o método descrito consistia em diagnóstico e tratamento. Essa foi a primeira abordagem completa da medicina. Por volta de mil anos atrás, a medicina chinesa foi introduzida no Japão. Nessa época, o método da anma era muito conhecido pela classe médica e considerado o mais seguro e simples para o tratamento do corpo humano.
Durante a era Edo (cerca de trezentos anos atrás), exigiu-se que os médicos japoneses estudassem a anma a fim de entender e de se familiarizar com a estrutura do corpo humano e seu funcionamento em linhas meridianas. O treinamento desses médicos
nesse tipo de terapia manual permitiu-lhes, quando se tornaram independentes, fazer diagnósticos, receitar ervas da medicina chinesa e localizar os tsubôs, os chamados pontos de acupuntura, no intuito de facilitar os tratamentos.

foto_massagem_27Infelizmente, esse antigo método de manipulação destinava-se somente ao tratamento de problemas simples, tais como ombros enrijecidos e
tensão dorsal. Era uma profissão para cegos. Como estes estivessem em situação desvantajosa para receber instrução formal sobre diagnóstico
e tratamento, a anma tomou-se gradualmente associada ao prazer e ao conforto. A massagem ocidental como uma antiga forma de manipulação está documentada nas histórias egípcia e grega. Atualmente, ela é reconhecida na França como complemento médico e meio para manter a beleza e a destreza físicas. Esse tipo de massagem ficou popular no Japão há cem anos, quando este abriu as portas ao ocidente. Esse tipo de massagem não pertence, contudo, à principal corrente da medicina japonesa.
Em japonês, Anma significa massagem ou massoterapeuta. O caractere japonês da palavra “AN” significa pressão penetrante, pequenos movimentos; é considerado Yin e é usado para sedação. O caractere “MA” significa amassamento e vibrações com movimentos mais vigorosos; é considerado Yang, é usado para tonificação.
A Anma é uma técnica que consiste em realizar amassamentos dos músculos utilizando os dedos, mãos e braços para melhorar as circulações sangüínea e linfática, proporcionando a melhora da pele, da tensão e da contratura muscular.
A massagem Shiatsu surgiu da técnica Anma, sendo atualmente diferenciada por: anma utiliza amassamento e técnicas de vibrações, enquanto o Shiatsu baseia-se em pressões com o polegar ou com a mão. A Anma é uma massagem mais suave que enfatiza o relaxamento muscular, por isso, é mais indicada para pessoas com estresse físico e idosas, principalmente pacientes com osteoporose. As técnicas Anma e Shiatsu podem ser usadas em conjunto na sessão de massagem, sendo considerado o ideal para relaxamento na proporção de 70% de Anma e 30% de Shiatsu.

MASSAGEM SUECA

foto_massagem_28A massagem teve seu início na medicina tribal, onde era feita com o emprego das mãos pelos pajés, feiticeiros e chefes tribais, com fumigações, raízes e folhas de plantas, óleos aquecidos ou não, de origem vegetal ou animal, etc… Vêm desde essa época os benefícios da massagem, passando depois pelos povos do Oriente Médio e povos jônicos (gregos), sendo os atenienses os mais adiantados, pois estabeleceram em sua cultura as ciências como filosofia, escultura, cultura física e massagem, práticas essas aprendidas dos povos orientais.
Desde o surgimento da prática da massagem na medicina tribal, muitos séculos se passaram. Passou-se pela Idade Média, pela Era Contemporânea e entre os anos de 1776 e 1862, um professor sueco de Artes Bélicas e Mestre de Armas, Peer Henrik Ling (com 32 anos),
que era considerado o melhor espadachim do mundo, durante um duelo à florete teve seu braço atingido no músculo longo (supinador), que dá movimento ao punho. A atrofia deste músculo desenvolve-se de forma progressiva e causa aleijão, havendo a necessidade de se cortar a mão para evitar-se esse desenrolar.

foto_massagem_29Nesta época, havia em Paris um cirurgião, Dr. Ambroise Parré, que convidou Peer Henrik Ling para ir a Paris e ser operado por ele, conseguindo com isso 80% de sucesso. Ling, não conformado, na tentativa de cura total se valeu da massagem e da ginástica, e após três anos estava não só curado, mas havia criado um sistema com bases científicas de terapia cinesiológica e massoterápica.
Levando desde então o método o seu nome, que também ficou conhecido em todo mundo como Sistema Sueco de Massagem, Ling foi muito procurado e alcançou vários êxitos no tratamento de pessoas portadoras de lesões. Este fato levou o seu sistema de massagem a ser conhecido, respeitado e ensinado em todos os centros da Europa, tornando-se uma ciência paramédica.
A massagem sueca tradicional combina elementos de fisiologia e ginástica, assim como certas técnicas da China, Egito, Grécia e Roma. A massagem sueca é mais focada nas camadas mais superficiais da pele para aliviar tensão nos nervos, músculos e glândulas enquanto melhora a circulação geral do corpo.
Ao longo do tempo a Massagem Sueca foi sendo difundida pelos quatro cantos do mundo. O profissional de Massagem Sueca deve ter excelente coordenação motora, agilidade manual, noções de força, distância e velocidade. É necessário exercitar as mãos para torná-las fortes, resistentes, musculosas e quentes, pois a pessoa que vai receber a massagem precisa sentir que está entrando em contato com a vitalidade, a saúde e o equilíbrio.

foto_massagem_30Manter essa vitalidade recebida implica, por parte do paciente, em ter uma alimentação saudável, dormir o necessário para o repouso corpo-mente, praticar um esporte ou fazer caminhadas e não cometer excessos de qualquer espécie.
Todo esse trabalho traz como resultado uma total presença no corpo, uma atenção plena de todas as situações ocorridas no dia a dia e uma facilidade de encontrar através do seu equilíbrio as respostas, as soluções dos problemas e a cura das dificuldades da qual nos vemos cotidianamente envolvidos.
O contato com a vitalidade nos deixa mais alegres, felizes, abre nossa visão para tudo que pode nos dar prazer na vida, faz com que possamos perceber nossos “pré-conceitos” ligados aos comportamentos sociais, mentais, emocionais e físicos, nos mantendo prisioneiros a esses conceitos e trazendo a doença para nossa vida.

DRENAGEM LINFÁTICA

foto_massagem_31A técnica original foi desenvolvida nos anos de 1920-1930 pelo casal dinamarquês Emil e Estrid Vodder.
A partir do trabalho experimental deste casal , outros pesquisadores tais como Földi e Kuhnke (Alemanha), Cashley-Smith (Austrália) e
Leduc (Bélgica), desenvolveram a base científica da técnica e criaram-se ‘linhas de trabalho’ dentro da Drenagem Linfática Manual.
Desde que Vodder e a sua esposa criaram e introduziram com êxito a Drenagem Linfática Manual no tratamento de afecções crônicas das vias respiratórias superiores, o seu campo de aplicações médicas foi-se ampliando e aprofundando com o passar do tempo. Em alguns casos a DLM, constitui um procedimento principal de tratamento, como é o caso dos Linfoedemas, enquanto noutros casos há que considerá-la simplesmente como uma terapia acompanhante ou de
apoio. Será impensável não pensar nela quando se fala de Pós-Mastectomia ou de qualquer outra intervenção cirúrgica.
É uma técnica especifica de massagem manual que exige uma formação adequada. Esta técnica caracteriza-se por uns movimentos muito suaves e precisos,
todos em forma circular e espiral e por um trabalho intensivo realizado nos centros de gânglios linfáticos.Procurando aliviar os sintomas, primeiro trata o sistema linfático superior, ou seja, a zona do coração, as zonas dos gânglios linfáticos do pescoço, da garganta, e dos ombros, evoluindo depois, de forma progressiva, para as zonas afectadas, mais afastadas do coração. Estimula a circulação linfática nos vasos linfáticos ao acelerar a absorção de líquidos e das macro-moléculas do tecido intersticial, pela activação da capacidade peristáltica destes vasos. Por isso, a Drenagem Linfática Manual faz absorver inúmeras formas de edemas. Não só absorve formas de edemas aparentes, como também o faz a formas menos visíveis, como por exemplo os Edemas Pós-Operatórios dos membros, o edema do braço depois de uma Mastectomia, assim como os edemas Pós-Traumaticos, como os que aparecem quando se faz uma fratura óssea; mas também é eficaz em formas de edemas ainda menos visíveis, como os que podem dar origem a dores de cabeça e a dores da coluna vertebral.A Drenagem Linfática Manual segundo Vodder, estimula o processo imunológico, ao aumentar, na zona cortical dos gânglios linfáticos, a produção de linfócitos.

WATSU

foto_massagem_32Como técnica para tratamento de várias tipos de dores e doenças, a hidroterapia tem sido usada por muitas culturas diferentes através da história incluindo os gregos, romanos e japoneses. Inclui tudo desde banhos quentes a saunas, banheiras de hidromassagem e spas. A hidroterapia foi introduzida no ocidente pelo monge alemão Father Sebastian Kniepp no século XIX. Usa as propriedades terapêuticas da água sob pressão, temperatura da água e flutuação do corpo. A hidroterapia reduz o estresse, revigora o sistema endócrino, revitaliza o sistema imunizante, melhora a circulação e alivia a tensão nos músculos.
O Hidroshiatsu ou Watsu (water-shiatsu), foi criado em 1980, pelo poeta Harold Dull, diretor da escola de Shiatsu e Massagem em Harbin Hot Springs, California. Harold desenvolveu esta forma de trabalho aquática, aplicando os principios do Zen Shiatsu que estudou enquanto esteve no Japão, em pessoas que flutuavam na água.

foto_massagem_33Watsu surgiu de experiências de Harold Dull quando ensinava Zen Shiatsu em Harbin Hot Spring, no norte da Califórnia, EUA.
Harold pôde observar que, ao flutuar, as pessoas ficavam mais suscetíveis a alongamentos, potencializando o trabalho corporal, que tem este princípio como tratamento. Harold desenvolveu movimentos e posturas que facilitavam a obtenção de resultados terapêuticos. Harbin é um local com
termas naturais, onde durante anos, pessoas do mundo inteiro puderam se reunir para trocar, aprender e ensinar Watsu durante cerca de 20 anos.
Watsu foi descoberto pelos fisioterapeutas norte-americanos, hoje é ensinado nas principais universidades e presente em toda literatura atualizada de hidroterapia.
Apesar de estar presente em um ambiente acadêmico, Watsu continua sendo ensinado em sua essência. Segundo os responsáveis pelo Watsu, é o trabalho corporal que mais cresce nestes últimos anos nos EUA, Europa e Brasil. Watsu, comparado com as formas convencionais de terapias como a milenar Acupuntura e diversas formas de massagem, é um trabalho recente e seu campo de experiências e busca de comprovações científicas é vasto.
No Brasil, Watsu tem sido introduzido na área da Fisioterapia, Educação Física, Psicologia e Terapias Corporais; o que provoca seu crescimento com seriedade e respeito. Os costumes de uma população tropical também é responsável pelo crescimento do Watsu.
E’ praticada principalmente para soltar a espinha, relaxar os músculos e aumentar o fluxo natural de energia do corpo. Combina técnicas de Shiatsu com vários movimentos de flutuação e alongamento estando parcialmente submerso em água morna. Tem muitos efeitos benéficos ao corpo e a mente.

TRIGGER POINT (PONTOS DE GATILHO)

foto_massagem_34Por volta do final da década de 20, um alemão chamado Max Lange descobriu que nos músculos podiam aparecer pontos sensíveis e que o tecido nesses
pontos se apresentava mais rígido que os circundantes. Esses pontos foram batizados em 1948 pela doutora Janet Travell, médica da Casa Branca na gestão Kennedy. Ela os chamou de pontos-gatilho miofasciais e desenvolveu um método de tratamento usando injeções de solução salina nestes pontos. Mais tarde descobriu-se que era possível desativar os pontos-gatilho usando apenas a pressão direta sobre eles. Então, por definição, um ponto-gatilho é um local no músculo altamente irritável que se apresenta rígido à palpação e que produz dor, limitação na amplitude de alongamento, fraqueza sem atrofia e sem déficit neurológico.

foto_massagem_35Os pontos-gatilho são instalados num músculo toda vez que este for sobrecarregado e exigido além da sua capacidade de tolerância no momento.
Uma vez instalado ele pode ficar em estado de latência por muito tempo, às vezes anos, até ser ativado. Para ativá-lo basta apenas que se some a
ele uma situação de stress físico e/ou emocional e uma nova sobrecarga do músculo. Quando ativado ele produz um espasmo doloroso em algumas
fibras do músculo. A situação se complica quando o sistema nervoso, recebendo o sinal de dor, intervém exigindo que o músculo se contraia, numa tentativa de defendê-lo. Esta nova contração sobre o espasmo doloroso produz mais dor. Fecha-se então um ciclo vicioso em que quanto mais dor for produzida pela contração, mais contração o sistema nervoso pede ao músculo. E o que começou com algumas fibras, logo envolve o músculo inteiro e até mesmo outros próximos, abrangendo toda uma região. Como exemplo disso temos então um torcicolo ou uma lombalgia.
Também conhecida como terapia neuromuscular ou mioterapia, a técnica trigger point procura relaxar a tensão em volta de vários ‘trigger points’ (pontos de gatilho) no corpo para relaxar músculos, melhorar a circulação e aliviar dores agudas e crônicas.
Esta técnica aumenta os movimentos e a flexibilidade enquanto melhora a função das articulações e dos músculos.

TERAPIA CRANIOSSACRAL

Com o objetivo de localizar e corrigir qualquer bloqueio ou desbalanço no sistema craniossacral (cabeça e coluna vertebral), a terapia craniossacral foi desenvolvida no início do século XX por William G. Sutherland e depois teve avanços com o Dr. John Upledger.
Conhecida por melhorar desordens nervosas, deficiências na atenção e insônia, os terapeutas aplicam um leve toque para manter o movimento do fluido cérebro-espinhal e impedindo que ele se torne restringido ou bloqueado de modo a manter regular o funcionamento do sistema nervoso central. Por volta de 1900, o estudante de osteopatia, Dr. William G. Sutherland, foi surpreendido por uma idéia.
Ele percebeu que os ossos do crânio eram desenhados de tal forma que permitiam um movimento entre si. Por mais de vinte anos ele estudou a possibilidade de movimento nos ossos do crânio adulto. Fez experiências com seu próprio crânio, utilizando-se de aparelhos, como capacetes, forma de exercer diversas pressões em variadas partes de sua cabeça. Sua esposa manteve um relatório sobre as mudanças de personalidade que ocorreram com ele durante as diversas variadas aplicações da pressão. Ele descreveu dores, problemas de coordenação motora, etc, conforme cada tipo de pressão.

No começo dos anos 30 publicou seu primeiro artigo sobre este trabalho no Minnesota Ostheopatic Journal. Em 1970, durante uma cirurgia na nuca de um paciente, o Dr. John Upledger percebeu o movimento rítmico da dura mater. Dois anos mais tarde, participou de um seminário que explicava as idéias e Sutherland ensinava algumas das técnicas de avaliação e tratamento.
Pôde então entender como um sistema hidráulico funcionava dentro das membranas do crânio e da medula óssea. Em 1975 foi convidado pelo Ostheopatic College da Michigan State University para pesquisar e dar aulas no Departamento de Biomecânica. Ele liderou uma equipe de pesquisas multidisciplinares que estabeleceu o embasamento científico para o sistema crâniossacral.
Estamos familiarizados com os ritmos respiratórios e cardiovasculares. Assim como eles, o sistema crâniossacral influencia muitas funções do nosso organismo. Uma falta de equilíbrio nesse sistema pode causar danos ao desenvolvimento do cérebro e da medula, o que pode resultar em disfunções sensoriais, motoras ou neurológicas.
O sistema craniossacral é constituído por membranas e pelo líquido cérebro- espinhal, que envolve e protege o cérebro e a medula.
O sistema se estende do cranium (osso do crânio, face e boca) até o sacrum(cóccix). O efeito positivo da Terapia Crânio-Sacral está em grande parte ligado à capacidade de cada um nas atividades fisiológicas de autocorreção. Com leves toques o terapeuta é capaz de interferir nas forças hidráulicas inerentes ao sistema crânio-sacral, melhorando, dessa forma, a situação do organismo. Por sua influência em muitas funções do organismo, a Terapia Crânio-Sacral é utilizada hoje por uma larga variedade de profissionais de saúde, tais como osteopatas, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, acupunturistas e terapeutas corporais em geral.
Ela incentiva os mecanismos naturais do corpo de forma a melhorar o funcionamento do cérebro e da medula, elimina os efeitos negativos do stress, e aumenta o bem-estar e a capacidade imunológica.

TOQUE DA BORBOLETA

foto_massagem_37A massagem Toque da Borboleta é uma das técnicas mais importantes da bioenergética suave e foi desenvolvida nos Estados Unidos pela médica Eva Reich.
A técnica foi criada para bebês, mas pode ser usada com eficácia em crianças maiores e adultos. A massagem está sendo utilizada com sucesso em algumas experiências feitas em creches, na periferia de São Paulo, para a recuperação de desnutridos e prematuros. Em crianças maiores, a massagem ajuda a aumentar a tranqüilidade e diminuir a agressividade.
Esta técnica de relaxação foi trazida ao Brasil por pela médica Ruth Reis, recebendo esta denominação, devido a sutileza do seu toque, suave e leve, como o pousar de uma borboleta. Utilizada no sentido preventivo, podendo ser usada com eficácia na recuperação de bebês traumatizados e desnutridos, no alívio de tensões e ansiedades, na melhora da digestão, da circulação, do sistema imunológico e neurológico, do funcionamento mental, e
no crescimento emocional saudável.
O Toque da Borboleta, tem os mesmos benefícios da Shantala. As diferenças básicas estão na pressão das mãos – muito mais suave neste caso – e em alguns movimentos. Esta massagem pode ser feita em recém-nascidos, já que é uma bioenergética suave, com toques leves e sem o uso de óleo. A mãe usa a mão toda para aplicar a massagem, mas utilizando a ponta dos dedos para fazer um pouco mais de pressão nas solas dos pés e nas palmas das mãos
do bebê.

TUINÁ

foto_massagem_38O Tuiná tem a sua origem em tempos bastante remotos, por volta de 2700 a.c. O mais antigo texto médico escrito – Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo – compilado entre 500-300 a.c., menciona o uso de várias técnicas que hoje são consideradas Tuiná. Os ossos do oráculo mostram que a massagem tuiná foi utilizada para tratar as enfermidades das crianças e dos problemas digestivos dos adultos. Em 600 a.c. o tuiná foi incluído na Universidade Imperial Médica como uma disciplina separada. O tuiná continuou na China até a Dinastia Qing e a partir daí foi suprimido junto com outras artes culturais chinesas. Depois da Revolução Comunista, o tuiná foi restabelecido junto com outras artes médicas tradicionais incluindo a criação do sistema atual das Universidades de Medicina.
Com o tempo muitas aplicações diferentes de tuiná foram desenvolvidas como o Tuiná para crianças, Tuiná com óleos de ervas, self-tuiná, etc. No século VI d.c., o método espalhou-se pelo Japão, Coréia e países vizinhos onde serviu de base para muitas formas de tratamentos orientais que surgiram mais tarde.
O termo Tuiná só foi padronizado na Dinastia Ming (1368-1644). Nessa época, muitos livros foram editados sobre o uso do tuiná no tratamento de traumas físicos e doenças de crianças. Um importante livro médico, “O Espelho de Ouro da Medicina” (The Golden Mirror of Medicine), foi publicado na Dinastia Qing (1644-1911), e grande parte é dedicado ao tuiná.
Atualmente o tuiná se ensina como matéria separada, mas dentro das áreas de estudo das principais Universidades Médicas Tradicionais Chinesas.
Os doutores de tuiná recebem o mesmo exigente treinamento que os acupunturistas e os herbalistas, e gozam do mesmo nível de respeito profissional.
O tuiná é indicado para os tratamentos de desordens de músculos específicos do esqueleto, e para as disfunções de tensão crônicas que afetam os sistemas digestivo, respiratório e reprodutivo.

DO-IN

foto_massagem_39A origem do Do-In está relacionada com o início da humanidade, quando um homem ao bater o pé em uma pedra e massageá-lo sentiu um alívio imediato. Desde então, percebeu-se uma relação direta entre determinados pontos distribuídos pelo corpo humano e a energia que flui entre esses. O conhecimento desses pontos proporcionou a nossos ancestrais o desenvolvimento de uma prática auto-estimuladora, transmitida de geração em geração.
Atribuiu-se ao “Imperador Amarelo”, Huang-Ti, cujo reinado data de mais de cinco mil anos atrás, ser o formulador de toda a Medicina Tradicional Chinesa.
Embora a origem da técnica seja chinesa, a palavra “Do-In” é japonesa, cujo significado é “o caminho de casa”, sendo “casa” o corpo, morada do
espírito e do “Ki” (palavra em japonês) ou “Tchi” (em chinês) que significa energia da vida, sendo Yin e Yang os pólos opostos, porém complementares, que compõem esta energia. O Yin significa a noite, o frio, o feminino, o molhado, a terra, o negativo, etc. O Yang é o dia, o
calor, o masculino, o seco, o céu, o positivo… Portanto, é contínua a atração que Yin exerce sobre Yang e vice-versa. Essas duas expressões do Ki devem ocorrer no organismo humano de forma harmoniosa e equilibrada, gerando saúde física, mental e emocional.
Quando a pessoa apresenta mais energia Yin ou Yang, temos um congestionamento ao longo dos canais (meridianos) e este bloqueio caracteriza-se por uma série de sintomas sem causa aparente, desfazendo todo o equilíbrio interno, debilitando o organismo, destruindo sua imunidade e gerando um distúrbio.
Um distúrbio, segundo a tradição oriental, é a desarmonia do fluxo “Ki” em alguma parte de nosso corpo.Dessa forma, através da automassagem de alguns pontos específicos do corpo humano, prevenimos e corrigimos muitos distúrbios, principalmente os que se encontram em estágios iniciais.

QUIROPRAXIA

foto_massagem_40O fundador da moderna quiropraxia foi Daniel David Palmer. Palmer nasceu em Port Perry, Ontário, Canadá, em 7 de março de 1845. D.D.
Palmer foi um autodidata – como muitos na virada do século – e possuía uma insaciável sede de conhecimento, além de ser profundamente religioso.
Desde o princípio, D.D. Palmer fazia parte do grupo de profissionais que buscava uma medicina livre de medicamentos.
Palmer começou a praticar em Burlington, Iowa por volta de 1886, e um ano depois já estava em Davenport, onde começa a trabalhar numa clínica, a Ryan Building. O primeiro ajuste quiroprático registrado foi realizado em 18 de setembro de 1895. Nessa época, Palmer tentava entender a causa e efeito das doenças. Seu paciente, Harvey Lillard, era um servente que trabalhava nesse mesmo hospital. Lillard referia que, há 17 anos, ao fazer um esforço ouviu um estalido em suas costas e, a partir daí, passou a apresentar uma
deficiência auditiva. Palmer examinou sua coluna para ver se descobria algo. D.D. Palmer observou uma saliência em suas costas e, suspeitou que uma vértebra poderia estar fora de “alinhamento” e “pinçando” um nervo que estaria envolvido com a audição de Lillard.
Com uma admitida não-refinada técnica, Palmer ajustou a vértebra com um empurrão firme. Lillard ficou excitado ao ouvir os sons que vinham da rua.
Depois de várias sessões, muito da audição de Lillard estava restaurada. Nascia assim a Quiropraxia (Chiropractic). Palmer escreveu: “O exame mostrou uma vértebra fora de sua posição normal. Eu raciocinei que, se esta vértebra fosse reposicionada,
a audição deveria ser restaurada… Eu restaurei a posição da vértebra usando o processo espinhal como alavanca, e rapidamente o homem passou a
ouvir como antes…”
foto_massagem_42Mesmo que hoje saibamos que a audição não depende diretamente de nenhum nervo vertebral, a importância desta manipulação foi entendimento
posterior de suas implicações globais. D.D. Palmer passou a se dedicar ao estudo do que tinha ocorrido, e ao final de alguns meses, estabeleceu a Filosofia, Ciência e Arte da Quiropraxia. Um novo sistema de cuidado da saúde estava criado.
Palmer passou os anos seguintes desenvolvendo suas teorias, até que concluiu a premissa básica da Quiropraxia: a causa de virtualmente todas as doenças é a subluxação vertebral, e o ajuste articular específico, a cura. Nos primeiros anos da profissão, essa filosofia – uma causa, uma cura – foi o que norteou os pioneiros.
Embora uns poucos quiropraxistas contemporâneos ainda acreditem nessa formulação simplista, também é verdade que o que distingue ainda hoje a profissão é a detecção e correção da subluxação vertebral. Na verdade, os quiropraxistas fazem muito mais, mas é esta a única coisa que permitiu que a Quiropraxia atravessasse esse século e sobrevivesse aos constantes ataques da medicina ortodoxa.
Depois da metade dos anos 20, a Quiropraxia sentiu as mesmas dificuldades apresentadas por toda a sociedade americana, principalmente depois da Grande Depressão que culminou na quebra da Bolsa de Valores. Os pacientes escassearam, o número de estudantes diminuiu e várias escolas foram fechadas.
Mas, a Quiropraxia conseguiu se superar, e dois fatos contribuíram majoritariamente: o primeiro foi o fortalecimento dos defensores de alterações nos critérios de ensino da Quiropraxia. Essa tese evoluiu até que, em 1941, o Dr. John Nugent, diretor de educação da Associação Nacional de Quiropraxia, estabeleceu o primeiro critério de regulamentação para as escolas de Quiropraxia. Com efeito, a grande aceitação da Quiropraxia, ao longo dos anos seguintes, deveu-se à uma melhor qualidade da educação e ao desenvolvimento de uma melhor tecnologia diagnóstica.
O segundo fato está ligado à Segunda Guerra Mundial. Devido à guerra, os jovens recrutados se viram impedidos de estudar e seguir uma profissão.
Quando veio o fim da guerra em 1944, um plano governamental, o chamado G.I. Bill, permitiu aos jovens americanos obterem diversos benefícios, inclusive bolsas para estudar Quiropraxia. Esta estratégia permitiu o desenvolvimento e o crescimento das escolas de Quiropraxia nos Estados Unidos.
Hoje, estima-se que existam 90.000 Doutores em Quiropraxia (d.c. – Doctors of Chiropractic) em todo o mundo, fazendo da Quiropraxia o segundo maior segmento, dentre as três principais artes de cura: Medicina, Quiropraxia e Osteopatia, e de longe, a maior dentre todas as medicinas naturais.

ROLFING

foto_massagem_43O Rolfing foi criado pela cientista norte-americana Ida P. Rolf (1896-1979), PhD em Bioquímica pela Universidade de Columbia. Não obtendo, com a
medicina tradicional, a solução para um problema físico provocado na adolescência por um acidente, Ida começou a investigar trabalhos corporais com bases estruturais ou funcionais, como ioga, osteopatia e quiroprática e, com base nas próprias experiências, acabou por encontrar as bases do método que ela mais tarde chamaria de Integração strutural, difundido nos Estados Unidos a partir dos anos 60.
O termo ” Rolfing ” refere-se, atualmente, ao método de estruturação e educação corporais que originalmente foi chamado de “Integração Estrutural”.
É o resultado de cinqüenta anos de estudo e prática da Dra. Ida Pauline Rolf, falecida em 1979, e de diversas pessoas treinadas por ela para continuar seu trabalho através do “Rolf Institut os Structural Integration”, localizado em Boulder, Colorado, USA.
Ida Rolf, ao longo das suas pesquisas científicas, fez uma descoberta muito importante sobre a constituição do corpo humano: a rede de tecido conjuntivo, que envolve e conecta o tecido muscular, tem propriedades plásticas e elásticas que fazem com que seja possível alterar a forma e a relação desse sistema (músculo/tecido conjuntivo) nos diversos segmentos corporais, em qualquer época da vida.
Rolfing é um método de integração das estruturas humanas por meio da manipulação dos tecidos miofasciais (ou conjuntivos) e pela reeducação do movimento. É um processo que permite à pessoa ampliar a percepção de si e mover-se de maneira mais natural, econômica e eficiente.
Hábitos posturais decorrentes de padrões de movimento ou determinados por traumas físicos e emocionais são alguns dos principais fatores que podem nos impedir de estar bem alinhados em relação à força da gravidade. Essa desorganização, por sua vez, é responsável por tensões crônicas e desconforto físico e emocional. Muitas vezes nos damos conta desse desequilíbrio e tentamos endireitar o corpo, experimentando novas posturas a custa de muito esforço. É nesse momento que o Rolfing pode ajudar.
Até sua morte, em 1979, Ida Rolf dedicou sua vida ao Rolfing formando profissionais, planejando projetos de pesquisa, escrevendo, publicando e fazendo palestras públicas. Ida acreditava no Rolfing como uma intervenção direta sobre a evolução da espécie humana.
Não estava interessada em curar sintomas. A relação adequada com a gravidade se encarregaria disso. Ela queria criar seres humanos mais fortes e seguros, conscientes de que o equilíbrio energético é a chave para uma vida de bem-estar físico, mental e espiritual.